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Dona Carmem

Quando nasci não entendi o porquê
Quando morri tantas dúvidas sobraram
Quero mais tempo pra medir, sorrir, cantar
Até que acabe e volte a começar

 

Ei, Dona Carmem!
Ensina esse pobre rapaz
Se o fim é o início do começo
Eu quero viver uns dez mil anos mais

 

A areia sempre escorre pelos dedos
Toda vez que quero ficar
A ampulheta é surda e não ouve os gritos
Pedindo pra ir devagar

 

Ei, Dona Carmem!
Me diga onde isso vai dar
De tudo que já disseram, não importa a verdade
Eu só quero ter no que acreditar

 

Por sete vezes, plantei na mesma rocha
E uma flor com duas pétalas nasceu
Tão opaca, tristonha, amargurada
Será a rocha culpada ou serei eu

 

Ei, Dona Carmem!
Eu falo sem pronunciar
Enxergo, mas não posso ver
Entendo, mas não sei explicar

 

A escolha, disseram que é livre
O resultado não é opção
Sei que o que quero posso fazer
Mas nem tudo convém à razão

 

Ei, Dona Carmem!
A roda fortuna não para
Quando o mar quebra em ondas
Ficar em pé é coisa rara

Tião Folk - Dezembro/2024

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